Apenas uma notinha antes do post oficial de hoje: Como complemento ao texto da semana passada, vale mencionar que o lance "Herodes" do Arthur ao juntar as crianças nascidas em Maio e enfiar num barco foi invenção do Malory. Não encontrei essa versão em nenhum texto anterior, nem no Chrétien, nem em nenhuma outra. Não sei as razões para ter colocado essa atitude mal-caráter no Arthur, mas foi no mínimo um ato de covardia que não espero dele. Como se as palavras do Merlin fossem tão fortes que se viu impelido a agir dessa forma.
Li um texto na internet sobre uma interpretação psicológica do Arthur, e coincido com alguns pontos mas outros achei muito discutíveis. Por exemplo, destacam que Arthur era um covarde por atos como não condenar a Guinevere e o Lancelot, mas não acho que seja covardia. É um impasse terrível. Não tinha decisão boa, saída elegante para a situação dele. Se condena sua mulher e amigo para a fogueira fica como rei forte, mas ainda assim como um rei onde as coisas acontecem às suas costas. Seria lembrado como o rei que matou sua própria rainha e que escolhe amigos errados.
Já com a atitude que teve, tentou preservar a ordem, e fazer de conta que nada acontecia para não criar caso, mas principalmente para que o reino não desaba-se nas suas mãos. Ele retardou a decisão enquanto pode, porque foi a maneira que encontrou de resolver as coisas, pensando no bem maior (digamos, se sacrifica ou aceita a dor para manter Camelot em pé, que afinal era seu sonho, uma Britania unida e sem guerras).
Esperou por outra solução, onde não tivesse que se afastar da mulher e o amigo, pessoas que amava profundamente e retribuíam esse amor por ele. É complicado se colocar no lugar dele e pensar o que teria feito. A atitude dele me diz apenas que ele era tão humano quanto nós, com virtudes e defeitos.
Li um texto na internet sobre uma interpretação psicológica do Arthur, e coincido com alguns pontos mas outros achei muito discutíveis. Por exemplo, destacam que Arthur era um covarde por atos como não condenar a Guinevere e o Lancelot, mas não acho que seja covardia. É um impasse terrível. Não tinha decisão boa, saída elegante para a situação dele. Se condena sua mulher e amigo para a fogueira fica como rei forte, mas ainda assim como um rei onde as coisas acontecem às suas costas. Seria lembrado como o rei que matou sua própria rainha e que escolhe amigos errados.
Já com a atitude que teve, tentou preservar a ordem, e fazer de conta que nada acontecia para não criar caso, mas principalmente para que o reino não desaba-se nas suas mãos. Ele retardou a decisão enquanto pode, porque foi a maneira que encontrou de resolver as coisas, pensando no bem maior (digamos, se sacrifica ou aceita a dor para manter Camelot em pé, que afinal era seu sonho, uma Britania unida e sem guerras).
Esperou por outra solução, onde não tivesse que se afastar da mulher e o amigo, pessoas que amava profundamente e retribuíam esse amor por ele. É complicado se colocar no lugar dele e pensar o que teria feito. A atitude dele me diz apenas que ele era tão humano quanto nós, com virtudes e defeitos.
Só.
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