Nas Terras do Rei Arthur - Parte 3

Este post é continuação de um post anterior, portanto, se você não viu o que está rolando, veja o post anterior neste link.

Estou no trem, e finalmente a paisagem aparece na minha frente. Típicas casas inglesas, de tijolinho aparente e poucos andares, e telhados divididos para comportar a neve. E no fundo, quase sem perceber, vejo a bandeira do país e o London Eye, ficando acima de todos os prédios e construções. Sem saber ainda, eu me convenci de que se tiver o tempo passaria pelo London Eye na volta, já que não parece tão longe da estação de Waterloo. De fato, depois descobri que é bem perto, não mais de 10 minutos de caminhada. 


O trem seguiu seu curso. Para minha surpresa, o trem era fabricado pela Siemens, coisa que não esperava encontrar no Reino Unido. Pelo jeito, a Europa é bem mais globalizada do que eu pensava.
Vou aproveitar que estou no trem (quer dizer...  pensem que estou no trem) para mostrar dois endereços que são cruciais para planejar uma viagem pela Inglaterra. Tanto o trem quanto o metrô são maneiras bem rápidas e eficientes de se locomover para qualquer canto; no caso de outras cidades, ainda tem a opção do onibus, mas dependendo o horario pode ser até mais caro, e sem dúvida vai ser sempre mais lento.

O primeiro endereço é o da National Rail. Esse site é simplesmente perfeito, e consegue planejar todos os destinos e trocas de trem necessárias para chegar a qualquer lugar, falando todos os preços e horarios. Foi meu agente de viagens pessoal, para todas as situações. Tem também uns mapas fantásticos, como este aqui com todos os trens da região suleste. Eu usei a linha em vermelho para todas minhas aventuras.

O segundo link que quero mostrar é o do metrô de Londres, o "Tube". Na parte do Getting Around podem encontrar mais um monte de mapas, tanto do metrô como dos onibus, trams e balsas no Thames. É bem legal, e vale imprimir cada mapa e carregar na mochila.

Ok, enquanto distraía vocês com os sites, chegamos em Winchester. As paisagens que vi no trem foram lindíssimas, muitas plantações e bosques, muito verde intenso cortado por grandes florestas. Fica fácil entender de onde Tolkien tirou suas idéias para a Terra Media.

Uma curta caminhada pelas ruas de Winchester (perfeitamente sinalizadas) e chego no grande salão do castelo de Winchester, um dos maiores expoentes dos salões de século 13. 


Este salão pertence às gigantescas obras de reparação do castelo que fora do William o Conquistador (1066-1087), onde após os reparos ficou como grande salão  do conjunto de prédios do que faz parte hoje. Estes reparos aconteceram entre 1222 e 1235.

Entrei no salão, e chorei. Sério. Lá estava eu, dentro do grande salão do castelo, rodeado de pedras que viram séculos. Colunas massivas sustentando o teto. Vitrais maravilhosos, com os escudos de cada estirpe real. Portões de metal pesado, gigantes, reluzentes peças de metal retorcido. E lá, na parede,estava ela me esperando desde que falei pela primeira vez em 2007. A távola. 


Eu podia gastar mais palavras agora, mas para quem tiver curiosidades sobre a távola, suas origens outros detalhes peço para ver meu post de 2007, ou mesmo o site oficial do castelo de Winchester. Agora não tenho condição de falar sobre esses detalhes. Estou honestamente emocionado. 

Mais algumas fotos, para vocês sentirem o drama. Olha esses portões, e me digam se não são fugidos de algum livro do Tolkien. É tão Mordor...



A parede tem incontáveis nomes pintados, como se fosse uma grandiosa árvore genealógica. Olha só o tamanho das colunas:


As fotos mal conseguem mostrar o glorioso que é esse lugar. Mesmo vazio, impõe um respeito incrível. Para cada canto que se olhe, há alguma maravilha para se admirar. Olhem os vitrais.


E mais uma vez, a távola.


Que dizer... Es hermosa. No tengo palabras en otro idioma que describan lo que sentí.

Finalmente, me despedi da távola e do grande salão com a promessa de voltar. E deixei minha lembrança também, como não podia ser de outra maneira.


Ainda não foi para o livro, mas já está no blog. Na semana conto um pouco mais, subo algumas fotos no FB para que vejam, e os deixo com esse gostinho de quero mais para o próximo post. Voltei para a estação, embarquei para Southampton, e de lá para Salisbury. E para Stonehenge.

Até o próximo post!

Um comentário:

Anônimo disse...

Ahh adorei esse lugar! Nem dá pra imaginar morar num lugar desses, dar de cara com construções desse tipo numa singela ida à padaria...
E agora sim, lágrimas! Não tem como não se emocionar vendo isso ao vivo (nunca vi, mas relatos já me emocionam, rs!)
Beijos!