E a Criança está Feliz :-)

Então, terminei de montar o castelão, e posso dizer que é um baita brinquedo. Posso não ter mais idade para brincar (pelo menos não a idade recomendada na caixa), mas sem dúvida nenhuma é um brinquedo que grita na tua cara para ser usado. Vamos aos detalhes:

A clássica cena da espada na pedra aparece logo na entrada do castelo, e é a espada que ao pressionar um interruptor secreto (ooohhh!!!) abre o portão do castelo.

Aqui o portão aparece aberto, mas a grade ainda está baixa. É um barato ver o portão descendo, as correntes tensando pelo peso do portão. Fica bem "épico" de assistir.

Visão das ameias do castelo; uma das poucas peças que deve ser montada tijolo por tijolo.

Os tijolinhos acima formam duas dobradiças (uma de cada lado do castelo), que permite abrir o castelo e deixar todo o interior exposto. É a configuração perfeita para brincar de sitio, com direito a invasão, catapultas, etc...


As duas fotos acima mostram a parte de trás do castelo, em modo "pacífico" ou mostrando as "armas secretas". Os pregos e machados na parte inferior são de borracha, mas ainda assim muito detalhados.

Detalhe para o canhão em forma de dragão. É uma das peças que mais gostei do kit, pelo grau de detalhe e o potencial de brincadeira.

Finalmente, este é o castelo aberto. Observem a quantidade de escadas, cantinhos e tal, é muito detalhe mesmo! Nesta foto dá para ver também as dobradiças que comentei acima.

A távola redonda não podia faltar, e nela podemos encaixar os escudos dos "bões" da coleção, fora o rango (pão e frango!). Acredito que no barcão do Mordred possa encaixar os escudos dos vilões, mas só vou saber quando for acrescentá-lo na coleção. Aliás, graças a esta távola redonda que percebi que tem alguns kits que não estão à venda no Brasil, e vou ter que caçar fora antes de sumir. Será que acho uma boa loja de brinquedo que mande para o exterior?? Bom, nas fotos abaixo mostro para vocês os acessórios:

Arthur. O trono. A fortuna. Tudo de plástico, mas bacana pra caramba!

Então, não saquei qual é essa de vir no kit um par de canecos e a jarra. Tudo bem que tem muito filme com cenas de gente bebendo, mas quando vi estes objetos lembrei na hora dos joguinhos de chá de brinquedo da minha irmã mais nova, que ganhava quando era criança. Na cena acima, eu fiquei me perguntando como fariam para beber de armadura...

Barris, uma escada, uma bigorna com martelo e tudo, e uma pequena catapulta fazem parte do kit. Destes, gostei mais da escada, que vem em 3 partes e encaixam em outras peças, complementando o castelo por dentro, ou fazendo parte da invasão do lado de fora.

A fauna reunida. Dois ratos pretos (que todo castelo tem, convenhamos), um cachorro (será Cavall, o cachorro do Arthur?) e um grifo, que batizei de Tobias. Acho que tem cara de Tobias.

Como brincadeira final, vemos dois engraçadinhos dando banho na turma que passa por baixo da ponte levadiça... As possibilidades que dá a flexibilidade dos bonequinhos é absurda, e surgem coisas bem engraçadas. Estou me animando em produzir um stop motion, ou mesmo uma historinha em quadrinhos... quem sabe como projeto de férias.

Próximo passo: correr atrás dos outros kits e completar a coleção!!!

Até a semana que vem!

Criança Feliz

Por razões de força maior hoje não haverá post. Mas não se preocupem, é por uma boa razão.

Ontem a Renata e o Gabriel e o herdeiro/a vieram nos visitar; depois de almoçar fomos para um shopping ver um filme (isso deixo que a Marion conte direito), e passamos em uma loja de brinquedos, para ver se tinha o jogo "Uno", que a Rê estava querendo. Fiquei admirando uma figura do decepticon Megatron (quem não sabe quem é não teve infância... ou nunca viu Transformers). Enquanto isso, a Marion gritava do outro lado da loja, mas eu nem ouvi. O lance é que estava me chamando para admirar o que posso chamar de "Santo Graal" dos brinquedos arturianos: O set 96121 da Mega Bloks da série King Arthur, o Battle Action Castle. O mais interessante, mesmo para um brinquedo caro, estava com um preço muito abaixo do que se vê por aí.

AAAHHH!!!

Vai a dica, ainda sobraram dois kits como o comprei na loja. Sim, comprei. Não quis nem saber. Que se lasque o selinho "de 9 a 14 anos". A criança feliz da vez vou ser eu, pensei. Na ToyMania o set custa 319 reais. Eu paguei 184, na BMart brinquedos do Shopping Bourbon. Quem quer, CORRA.
Então, como estava dizendo, por razões e força maior, não haverá post hoje. Além de outras obrigações, hoje é dia de trazer a magia de Camelot para uma das prateleiras de um dos quartos da casa. É dia de voltar a infância, de brincar com tijolinhos de montar.
Querem fotos? Vão fotos!


Além das peças maiores que servem de base do castelo, o conteúdo vem dividido em três sacos identificados com os números 1, 2 e 3, seguindo a ordem de montagem que aparece no manual. Convém seguir a ordem, abrindo um saco de cada vez e montando até acabar as peças; só então passar para o próximo.


Aqui tem no destaque uma das bandeiras do castelo, e um relance da távola redonda, com os nomes gravados em ouro. Tá legal, decalque dourado... mas a qualidade do kit é surpreendente.


O manual é super-detalhado, e tem a relação total de peças. Para cada passo, relaciona as peças necessárias e vai montando aos poucos, indicando o ponto de encaixe. Papel em full color, enorme, boa qualidade tanto no papel quanto na impressão. Até agora encontrei apenas um erro no manual, mas que não atrapalha na montagem final. Talvez reporte o erro para a Megabloks, quem sabe não ganho um brinde, sei lá... heehee!

A variedade de peças é gigantesca. Eu acho que o kit poderia ter maior quantidade de peças menos rebuscadas, ou em outras palavras menos peças customizadas. Passa a impressão de que dificilmente possa construir qualquer coisa diferente do castelo proposto no manual, mas com um pouco de criatividade acho que dá para fazer algumas coisas interessantes, dentro do modelo de castelos. Alguns corredores diferentes, talvez, ou torres mais altas. Ainda assim, tem que ser bem organizado, e como em todo kit grande, separar as peças por tipo antes de começar. E arranjar um espaço amplo, plano e livre de outras coisas para trabalhar.

Marion não parava de tirar fotos enquanto montava o castelo, e me arrancou esse sorriso; estava engraçado sentir um flash cada vez que pegava uma peça. Foi divertido para os dois...


























Aqui a primeira parte do kit concluido; a primeira torre do castelo, e na direita mostrando as "armas secretas". Embora vieram personagens com o kit, eles estão no saco 3, que ainda não abri. Para a foto, coloquei o kit 96103, Gaheris Vs. LCP, que ganhei no meu níver. Com isso dá para ter uma relação da escala, do tamanho do castelo.


Aqui um destaque da base do castelo, apenas para mostrar a qualidade das peças, e especialmente das peças pintadas. Impecável.


Detalhe do interior da torre; gostei especialmente do fato que pensaram tanto nas brincadeiras fora como dentro do castelo. Reparem os pontos de encaixe para os personagens, espalhados nas bases do castelo, nas escadas e por todas as ameias.

O Rei Artur e sua égua Llamrei vieram como destaque da caixa, no clássico "try out" onde você mexe uma peça para acionar o brinquedo. Por isso Artur, Llamrei e Excalibur já podem começar sua busca pelo resto do castelo e os cavaleiros... Semana que vem falo do castelo terminado, e alguns outros detalhes bem bacanas que fazem deste kit algo fascinante.

Até a semana que vem!

Low Budget

Se chama de low budget ou baixo orçamento aqueles seriados, filmes e produções de TV em geral feitas com pouco ou nenhum investimento; aconteceu por total acaso que achei um filminho baratinho sobre o Merlin, feito em 2008. O filme tem por nome "Merlin: Guerra dos Dragões" (Merlin - War of the Dragons), e segundo os primeiros minutos a história acontece no ano 420, o que o filme chama de Dark Ages.

Eu assisti o filme sem muita expectativa, sem esperar nada mesmo, e ainda assim me desapontou. Vou tentar dimensionar o tamanho do mico:

1) Atores: Ninguém que eu conheça, e de fato nenhuma atuação memorável. Não passa emoção, e não me convencem da situação, do papel que estão vivenciando.
2) Roteiro: Práticamente inexistente. Tanto é assim, que a maior parte dos fatos são muito previsíveis; a falta de cuidado é tal que tem vários personagens que tem papéis importantes mas você não fica sabendo o nome do personagem, porque ninguém fala. Tem uma mulher que até agora não sei quem era, mesmo depois das letrinhas. Nem o nome do vilão sei ainda. É, nas letras do final não diz a relação ator/personagem.
3) Efeitos: Como é de se esperar em uma produção de baixo orçamento, os efeitos são lastimáveis. A animação dos dragões é bastante mecânica, mas o que perturba mesmo são os feitiços. tem cada raiozinho saindo dos dedos dos atores que parece filme dos 80 quando toma choque. Sem falar das pedras de isopor.
4) Valor Histórico/Literário: Nenhum. Mistura Merlin, dragões, um rei que talvez seja Vortigern contra um coitado que se diz Uther (aliás, o ator parece o cantor Moby), e uma salada de coisas que não fazem muito sentido. Lady Viviane e Nimue vivem dentro de uma poça, e tem um visual pseudo-favelado.
5) Entretenimento: Não via a hora do filme terminar. É chato, ou em perfeito espanhol, aburrido. Não conseguiu me divertir em nada.

Se me perguntarem para falar alguma coisa boa do filme, talvez possa dizer que a intro com imagens da idade média ficou legal, mas não combina com o ano 42o. As imagens no mínimo uns 600 anos mais novas... mero detalhe.

Então, nem vou me dar o trabalho de procurar uma imagem do filme para colocar; já gastei meu tempo nele, vocês não precisam fazer o mesmo.

Estou cogitando o post da semana que vem, talvez fale um pouco de Gaheris... alguém quer puxar assunto?

Até a semana que vem!

Cara de pau, eu? Imagina!

Para quem segue o blog e os comentários (quando tem, hehe..), a Bela fez uma pergunta na semana passada, que respondi nos comentários. Vou detalhar um pouco mais a resposta que dei.

A pergunta da Bela era:

"Qual o nome da obra de Shakespeare que fala da lenda arturiana?"

O primeiro que pensei é "viajou, nada a ver com o Shakespeare!". Mas nunca respondo sem pesquisar, e por isso meti a cara nos livros. Fato é fato, o Shakespeare fez muita coisa, e embora poderia ter escrito algo sobre o Arthur (até pela época) ele nunca o fez. O maior mérito do William (olha, já tô amigão do cara) foi unificar o zilhão de dialetos de inglês que havia na ilha britânica, e serviu de base para unificar a língua escrita. Seus contos, romances e histórias foram a base nada mais e nada menos que para o idioma inglês. Apenas isso. Moral, né?

Lógico que com essa fama toda, muita gente cara de pau tentou pegar carona, e lançaram obras se declarando "co-autores" junto com Shakespeare. Daí surgem os textos apócrifos, ou textos que comprovadamente não são de Shakespeare. Ao menos, é o que os estudiosos do assunto afirmam... The Birth of Merlim é uma peça cômica, que conta a história do Merlim nascendo adulto, ou em outros termos, o lance do Benjamim Button. É, o filme interminável do Brad Pitt não é um conto precisamente original.
Voltando ao The Birth of Merlin, ele foi lançado em 1662 como autoria de William Rowley e "William Shakespeare". Pena que Shakespeare morreu uns 4 anos antes... O mais provável é que Rowley tenha escrito com ajuda de alguém, mas não foi do seu falecido xará. E o texto não tem em nada o toque do Shakespeare.
Curiosamente, tem uma outra obra de autores diferentes chamada "A vingança de Cupido", que compartilha partes inteiras do texto do "The Birth of Merlin"; seria isso cópia da cópia?

Então Bela, acho que de fato o Shakespeare não escreveu nenhuma obra arturiana, mas é provável que você tenha confundido alguma obra arturiana como de autoria dele. Qualquer coisa me avisa.

Mandem suas perguntas, eu respondo!

Até a semana que vem!