Kingdoms of Camelot

Faz pouco mais de uma semana fui convidado por uns amigos para jogar o "Kingdoms of Camelot", um dos mais novos jogos que pintou no Facebook. Eu já tinha ouvido do jogo, mas o que vi era tão pobre que não me animou.

Decidi dar outra chance, afinal se estavam em chamando é porque tinha alguma coisa boa; dito e feito, o jogo me surpreendeu, e atualmente é o único que estou acompanhando no FB. Ainda tenho meu pet, meus gatos e minha fazenda, mas nem entro mais; acabei deixando de lado por falta de tempo e interesse.


Uma coisa legal do KoC é que não requer muita atenção. Pode-se jogar aos poucos, fazendo uma coisa de cada vez, e ainda assim progredir no jogo e perceber esse avanço. Nesse sentido, achei muito menos tirânico que o Farmville, que práticamente obriga as pessoas a voltarem caso não queiram perder o que fizeram. Fora o tédio de clicar quadradinho por quadradinho para plantar, que no começo até vai mas quando a fazenda cresce vira um porre (mesmo que tenha gasolina para usar as máquinas).

No jogo, você é responsável por uma cidade, e para mantê-la funcionando são necessários recursos, como comida, madeira, pedra e carvão. Estes recursos são por sua vez fonte de trabalho para os aldeões, que precisam de moradia (que por sua vez depende dos materias acima, e assim fecha o ciclo). Para manter esse ciclo funcionando, a produção tem que ser alta, ou pelo menos maior ao consumo; para que a cidade possa produzir, é importante que os aldeões sejam felizes, e queiram continuar morando na sua cidade. Assim, tem uma certa gestão dos impostos, dos gastos, até encontrar um equilíbrio que permita "upgrades", como casas maiores ou serralheiros mais eficientes. Até aqui, o jogo lembra uma versão simples do SimCity, só que medieval.

O jogo não pára na micro-gestão da cidade, mas é onde começa. Como a Britania não é um lugar tranquilo, nossa cidade precisa de defesas (muralhas, fossas, e outros medievalismos) e também de um exército. Este exército server para repeler ataques de outros jogadores, atacar os que por ventura acharmos interessante invadir, e finalmente como tropas móveis, usadas para conquistar novas terras (onde podemos abrir outras cidades ou mesmo conquistar mais recursos).

No quesito comunidade, o jogo mantém aberto o tempo inteiro uma janela de bate-papo, onde os jogadores do mesmo servidor podem conversar entre si, e trocar idéias sobre como jogar, ou como já tenho visto, simplesmente puxar assunto. Me lembra muito as boas épocas de bate-papo, onde já conheci tanta gente bacana.

Outro ponto importante são as alianças. Uma aliança é um grupo de jogadores que podem se ajudar, trocar recursos entre si, e servir de apoio como reforços. Até agora não usei este recurso, mas com certeza vou precisar dele em breve. Fora as alianças, os amigos de FB que jogam o jogo podem ser nomeados cavaleiros, e assim atribuir pontos de inteligência, força ou outros atributos, que são úteis para liderar batalhas. Estes pontos também são importantes caso queira "empregar" um cavaleiro em alguma função, como defensor da cidade ou gestor das riquezas. Esta parte do jogo não é difícil, mas até agora não vi os efeitos das minhas decisões no andamento da cidade; só sei que manter os cavaleiros custa grana, que não vem fácil.

Finalmente, por qué o nome, Kingdoms of Camelot? O lance todo é, em algum determinado momento, virar rei. Vale lembrar que Camelot tinha rei, um só, e era o Arthur; os outros reis reinavam cada um seu reino (sim, é bem redundante o que escrevi, já sei). Assim, a lenda nos apresenta reis como o Mark, o Bagdemagus, o Pelles, Lot, Ban, e o louco Pellinore, apenas por falar dos mais conhecidos. Mas tirando essa confusão feita no nome do jogo, a cada nível ganho o poder aumenta (podemos chamar de renome, acho mais apropriado). Com isso vão se galgando degraus na realeza, como barão, duque, marquês e por aí vai. O último cargo que conheço é Alto Príncipe, mas não sei se tem mais além dele.

Fora essa vaga menção no nome, tem pouquíssimas referências arturianas no jogo; alguns objetos especiais recebem nomes como "relógio da Guinevere", ou "talquinho do Merlin". Temos também alguns itens que aceleram etapas no jogo, como treinar os soldados com o Kay ou mesmo com o Lancelot. De resto, o jogo não se mete com a lenda, nem a lenda com o jogo.

Como todos os jogos do Facebook, é bem simples (ou bobinho?), mas seu propósito não é ser o jogo do ano nem nada. Na minha opinião, é um dos melhorzinhos na questão de roteiro de jogo, e é demorado de jogar apenas por questões práticas (ou seja, é devagar propositalmente, como todos os jogos de gestão do FB). Em linhas gerais, se o jogo fosse em tempo real dava um ótimo jogo, para a época do simfarm ou os primeiros simcity e etc..

Já jogaram? Querem tentar? Eu estou no servidor Annwyn87, onde todo mundo fala "español", joder!

Até o próximo post!

Travel Time

Juro para vocês que tinha planos de falar sobre a parada medieval que ocorreu na Virada Cultural de São Paulo deste ano, mas infelizmente a informação online sobre o evento é muito fraca. Apenas para deixar umas letras sobre o assunto, o site D3 deixou as informações bem resumidas neste link.

O que mais lamentei da falta de informação é que fiquei uma hora caçando informações sobre os participantes, como o Clã Hednir ou a Sociedade dos Armoreiros de São Paulo, mas tem pouca coisa nos sites, e nenhuma menção da parada.

Assim que no fim não consegui postar sobre o que queria, e parti na busca de outro assunto.

Estou assistindo o Seven Ages of Britain, e posso afirmar que é sensacional. Assistam, mesmo. Esse documentário me dá sensações estranhas, como mexendo com fibras antigas, coisas de um passado meu que não conheço. E me faz lembrar imediatamente do meu projeto. Eu me imagino visitando esses lugares, conhecendo, perguntando para as pessoas, e escrevendo. Fazendo realidade meu livro arturiano, no papel. Isso é uma coisa que comentei várias vezes, e tem várias pessoas na torcida para esse livro sair.

Então, pensando na viagem mesmo, comecei a sonhar um pouco menos e pensar um pouco mais a sério no assunto. Não vou me preocupar com a grana ainda, primeiro com o roteiro. Que coisas quero ver, e especialmente QUANDO, já que tem coisas que ficam fechadas em certas épocas do ano, e tem outras que são muito mais baratas de visitar fora de época, mas perdendo alguma parte do passeio.

Por isso, sabendo que tem muita gente que lê mais não comenta, lhes peço que percam esse medo e comentem. O livro é para vocês também, que lêem meu blog já faz tempo, e queriam fazer parte desta experiência comigo.

Minha idéia é contar com a ajuda de vocês no roteiro. Quero saber o que vocês querem ver junto comigo, o que gostariam de explorar, o que posso trazer nas minhas letras até vocês. Claro que a decisão final depende de muitas coisas, mas a princípio podemos pensar bem abertamente. Tipo, se alguém me dizer "Wallyyyy, quero ver o vaso sanitário do Arthurrrrr!!!" eu vou pensar no assunto. Pouco, mas vou pensar. Afinal, é um trono...

- O que é aquilo?
- Uma catapulta.
- Apontando pra cá?
- É.
- Mas... Estamos longe, né?
- Vamos descobrir em segundos.


Ok! Vejamos... sem dúvida alguma quero ver Stonehenge. Felizmente, por ser um monumento "hyper" pop desde há uns 5000 anos, é fácil encontrar roteiros para visitar. Particularmente gostei de um que permite o acesso ao centro do círculo de pedras no fim do dia, quando o sol fica alinhado com as pedras. Isso eu quero ver, sem dúvida alguma. O passeio ainda inclui uma parada em Bath, a cidade romana que era dedicada ao banho público (juro que não estou zoando, era como as piscinas termais).

Quero incluir no roteiro Glastonbury, afinal boa parte da lenda acontece lá. Se fosse pela lenda, temos o túmulo do Arthur e a Gui, o graal... Encontrei este roteiro por Somerset, que mostra algumas das coisas que podemos encontrar em Glastonbury. É um começo! E já que fui até lá, porque não mostrar o lado pop da coisa visitando este lugar aqui?? Bar temático, casa de shows, alguma outra coisa? Acho que só vou descobrir quando estiver lá.

Não vou me limitar à lenda arturiana, afinal não creio que consiga repetir a viagem (salvo que tenha patrocínio, vai saber né?). A todo esto, a palavra patrocínio deve estar errada. Parece alguém que matou o patrão, sei lá... Bom, voltando ao foco, quero ver o medievalismo. Visitar castelos, ver armaduras, respirar o ar que o Arthur respirou, ou pelo menos o ar que seus grandes autores respiraram. Entender lá, pisando onde eles estiveram, o que os levou a contar suas grandes histórias. Entender a época, as necessidades e vontades, e assim poder chegar nem que seja um tiquinho perto do que eles experimentavam ao escrever.

Seguindo essa linha de pensamento, acho importantíssimo visitar objetos que contam histórias. Ver alguns dos pergaminos que já traduzi, os quadros, pinturas e vitrais que ilustram meu blog, mesmo que tenha que viajar muito para conseguir isso tudo.

Um objeto em particular que acho imperdível é o tapiz de Bayeux, que conta a conquista normanda à Inglaterra. Já falei dele no blog, mas o que trago hoje são dados mais precisos sobre onde encontrá-lo. Não fosse o "Seven Ages", nem teria lembrado dele, e muito menos teria
me enterado que de fato dá para visitar.

Então... agora começou para valer. Hora de pensar no roteiro.

Até o próximo post!

Manhêêê!!!

Estava lendo ontem alguns dos posts antigos, e acho que é um bom momento para rever alguns filmes e comentar coisas que não falei na época. Um bom exemplo é o Pellinore do filme "Camelot", mesmo quando já falei tanto do filme quanto do personagem (lembram o rei que estava caçando o Glatisant? Bom, Marion e Rê com certeza lembram da princesa tarada, hehe).

Outra idéia de post que posso explorar é sobre dragões, que é um assunto que falei eventualmente quando aparecia algum; o fato é que os dragões fazem parte do lendário arturiano como um mistério práticamente extinto. Acho que a referência mais gritante deve ser a dos dois dragões na torre do Rei Vortigern, que foi um dos primeiros posts que fiz no blog. As vezes, quando estou pensando no assunto em que vou postar, acabo usando o Stumble para cair por acaso em algum site que me dê inspiração. No fim no encontrei nenhum post, mas achei isto:



Enfim, enquanto penso no próximo assunto épico (nem que nosso dragão feliz), vou dedicar atenção a este dia; hoje é celebrado o dia das Mães no Brasil, e com isso vai rolar um almoço especial aqui em casa mesmo, em questão de minutos. Enquanto os convidados não chegam, vim deixar minha saudação especial a todas as mães, as mães que lêem meu blog, as mães das mães que lêem meu blog, e a todas as que não lêem porque tem medo de computador. Podia falar de Igraine, ou de tantas outras mães da lenda, mas eu acho que nenhuma chega perto da mãe da gente.

Beijo a todas!
Até o próximo post!



Um pouco de tudo

Caíram na minha mão diversas notícias, só que eram pequenas como para um post. Porém, se juntar tudo, quem sabe não rende um bom material?

A primeira notícia vai para Rê, com quem já conversamos este assunto várias vezes... fiquem lendo!

Eis que estava vendo TV, e mostraram no jornal uma feira de casamentos. Este tipo de feira mostra empresas que fazem festas, vestidos, bolos, contratam bandas e etc para festas de casamento, e no meio da notícia aparece um sujeito vestido de armadura medieval. E Marion e eu olhamos para a tv e falamos "quequeéissohein???"

O sujeito estava fazendo propaganda de este salão de Ribeirão Pires. O lugar ganhou um espaço no meu blog pela singela escolha dos nomes dos seus salões: O Excalibur, com uma bela área externa, e o Rei Artur, simplesmente majestuoso. A proposta desta casa de eventos e fazer do casamento, formatura ou festa uma viajem aos tempos medievais, com toda a pompa romântica que aprendemos nos contos de fadas. Assim, podem-se alugar para a festa cavaleiros de armadura, carruagens, roupas e afins para tornar o clima ainda mais especial. Por uma simples questão de direitos, não vou publicar fotos, mas podem visitar o site e matar a curiosidade clicando no link acima. E quem quiser mais fotos, pode clicar aqui.

Isso faz a primeira notícia. A segunda é um revival de um post antigo, ou pelo menos no fim dele. Quando falei das armaduras, comentei também de uma escola de artes marciais medievais de Toronto, chamada AEMMA. Esta escola ganhou uma nota no G1, nesta reportagem, e por isso decidi trazé-la de novo ao blog. Pelo visto continua firme, e tem alguns vídeos muito bacanas também. Pode ser alguma coisa de vidas passadas, mas me empolga ver essas batalhas... quem sabe. Vale dizer que a AEMMA não é nem de perto a única escola nesse estilo; basta uma simples procura no google por "medieval martial arts" que encontramos muitos endereços onde é possível ver ao vivo estas batalhas e aprender a arte de guerrear antes da pólvora tirar a graça do confronto.

A terceira notícia é que neste ano, não precisaremos viajar pra fora para ver gente vestindo armadura ou outras prendas medievais. A Virada Cultural preparou o espaço Nerd, onde fãs dos mais variados filmes, livros e seriados terão a oportunidade de celebrar a virada de uma forma mais participativa. Assim, fãs do Harry Potter, do Senhor dos Anéis, de Star Wars e Star Trek entre tantos outros farão uma série de marchas pelas cidade, finalizando seu passeio na praça Roosevelt. Para mais detalhes, consultem o site da Virada Cultural, e vejam a programação do espaço Nerd. Não esqueçam de falar aos seus servos de polir a armadura antes de sair!

Assim termina o resumo da semana, visitem os links e se divirtam muito!

Até o próximo post!