Terminei! Terminei de ler o livro do Ivain. Claro que não ia deixar vocês de fora nessa, né? Vamos lá:
Na última cena que comentei, Ivain curou-se da loucura por um unguento mágico da Morgana, e acompanhou a jovem que o fez sarar. Ele chegaram no castelo onde esta moça servia, e a senhora do castelo estava necessitada de ajuda, pra variar. Um conde ficava saqueando as terras dela, e por isso Ivain ficou por lá até sarar, e quando sarou pegou o conde de jeito, até ele se render, com a promessa de reconstruir tudo o que destruiu e plantar tudo o que arrasou. A dama desse castelo queria Ivain por marido, mas ele de novo caiu fora, dizendo que não podia mais ficar (sabe tipo trem das onze? então..).
Eis que vaza, e vai perambulando pensativo pela floresta, até que escuta um grito, um choro, um lamento. Foi assim que encontrou um leão brigando com uma serpente. Ele pensou, "Qual criatura eu devo ajudar?", e achou o leão mais nobre animal que a serpente, sempre tida por traiçoeira desde os tempos bíblicos. Ele ataca a serpente, mas ela cuspe fogo! Ele se defende, e mata a tal, mas a cabeça fica presa, mordendo o rabo do leão. Ele então corta com a espada o rabo, apenas o mínimo que pudesse para soltar a cabeça da serpente.
Ivain esperava que imediatamente o leão o atacasse, e preparou seu escudo. Mas o leão simplesmente olho para ele, ficou de frente, e sentou, como todos os gatos sentam: como a esfinge. Relaxado, calmo. O leão abaixou a cabeça, e mostrava gratidão pelo ocorrido; Ivain entendeu, e fez uns cafunés no gatão. A partir desse momento viraram companheiros inseparáveis, e onde Ivain ia o leão o seguia.
O leão caçava animais para Ivain, que cozinhava e deixava o resto para o seu novo bicho de estimação. Ficaram no bosque uma quinzena levando essa vida, até por acaso dar de frente com a fonte,a bacia, a pedra e a capela onde começou o conto. Desmaiou no instante, e ao cair a espada soltou da bainha e o cortou. O leão, ao ver o que aconteceu, tentou reanimá-lo, mas finalmente o carregou próximo de uma árvore, e o deixou sentado. Quando acordou, percebeu que o leão salvou sua vida, mas se lamentou por ter falhado na sua promessa de voltar em um ano. Enquanto choramingava, escutou uma moça chorando na capela; depois de conversarem um pouco, percebeu que era Lunete, quem o tinha ajudado em primeiro lugar.
Ela foi acusada de prejudicar sua senhora, e foi condenada a morrer queimada. Estava aguardando sua pena, que seria no dia seguinte. Ivain disse que a defenderia perante aqueles que lhe acusavam, mas perguntou porque nenhum cavaleiro se ofereceu antes; ela disse que procurou na corte pelo Gawain, mas ninguém o encontrava. Ele tinha partido para buscar Guinevere, que foi levada aparentemente por culpa do Kay. Olha só o crossover com a história da charrete!
Ivain prometeu que estaria no castelo para defendê-la, e partiu com seu leão. Achou perto um castelo, onde foi se refugiar pela noite; descobriu todo mundo triste, e soube que um gigante ameaçava o castelo, e tinha aprisionado os filhos do dono do castelo. O gigante queria a filha do castelão, não para ele, mas para vendê-la; em troca devolveria os filhos vivos. A filha do castelão era prima de Gawain, mas ninguém o encontrou na corte de Arthur para defendê-la.
Ivain disse que podia ficar e resolver a questão, mas precisava defender a Lunete e portanto não podia demorar. Eis que passou a noite, estava indo embora enquanto todo mundo pedia para ele ficar, mas deu de cara com o gigante enquanto saía. O nome do gigante era Harpin, e trouxe os filhos do castelão, todos maltratados e estropiados. Depois da típica briga verbal partiram para as vias de fato, e Ivain e Harpin se pegaram. O leão não se aguentou quieto, e foi ajudar, até derrotarem o gigante.
Ivain somente virou o cavalo, e disse para levarem a notícia até a corte do rei Arthur, dizendo que o cavaleiro do leão tinha feito isso. Assim nasce a lenda do cavaleiro do leão, já que não revelou para ninguém em momento algum que era Ivain.
Chegou ao galope para defender o nome de Lunete, ela já quase na fogueira. Minutos depois estava brigando com o senescal e seus dois lacaios que acusaram Lunete de traição; a briga foi muito desigual até o leão se meter no meio. O leão matou um dos lacaios, e ficaram dois contra dois. Finalmente venceram Ivain e seu leão, mas ficaram na enfermaria um tempo. A senhora do castelo pediu para ficarem (sem saber que era Ivain), mas ele disse que somente poderia ficar o dia que sua dama o perdoasse de coração, e partiu novamente, carregando seu leão ainda ferido, usando o escudo como maca. Chegou em uma casa onde foi bem recebido, e as duas filhas do homem, hábeis em medicina, cuidaram dele e do seu leão até sarar.
Nesse meio tempo, um tal e senhor do Espinho-Negro morreu, deixando duas filhas. A mais velha fez de conta que o pai tinha deixado tudo aos cuidados dela, enquanto a mais nova exigia sua metade na herança. A briga foi tal que a mais nova foi até Camelot para pedir por um cavaleiro para defender seu nome. Ela encontrou Gawain, que já tinha voltado assim como Guinevere do sequestro de Meleagrant, mas Gawain já tinha prometido à irmã mais velha que a defenderia. A mais nova pensou, "estou fod..", mas enquanto pensava chegaram noticias de um tal de cavaleiro do leão, que matara um gigante e defendera uma moça em Broceliande. A irmã mais nova pediu ao rei Arthur por justiça, e que desse tempo para ela procurar por um cavaleiro idôneo para enfrentar Gawain; assim o rei deu 14 dias para ela.
A jovem partiu e procurou por muitas terras pelo cavaleiro do leão, até ficar doente de tão desolada por não encontrá-lo. Se hospedou em uma casa onde outra jovem disse que a ajudaria, e a outra jovem partiu para buscar o tal do cavaleiro do leão, até encontrar a casa onde esteve sarando, e ouvir maravilhas dele. Partiu novamente no sentido que ele tinha partido, até felizmente encontrá-lo e contar a história das irmãs.
Ivain, seu leão e a jovem empreenderam o caminho para Camelot, até passar perto de um castelo, chamado de Castelo do Mal Descanso. Enquanto passavam, as pessoas do castelo o mandavam ir embora, falando "Eres mal-vindo! Eres mal-vindo"; ele claro que não se aguentou e foi ver qual era o lance.
Bom, o castelo estava cheio de moças, todas enfraquecidas de trabalhar constantemente sem descanso; elas contaram que nesse castelo tinha dois filhos do capeta (mesmo). O rei das donzelas passou pelo castelo, e foi derrotado, desde então, pagava enviando trinta jovens todos os anos para o castelo, até os filhos do maligno morrerem. Ivain então decidiu enfrentar os dois, e mais uma vez quando estava para ser derrotado o leão o ajudou e acabaram com os malignos.
A questão é que o castelo era antes disso de um homem já velho, que ainda estava no castelo, e depois de Ivain derrotar os capetas o homem insistiu em dar a sua filha para Ivain como mulher, para que o castelo seja dele. Ele não aceitou, e ordenou libertar todas as moças. Assim elas sairam, e ele junto com a jovem partiram para Camelot, chegando exatamente no dia que vencia o prazo da irmão mais nova.
Ivain e Gawain se enfrentam totalmente armados, sem se dirigir a palavra e sem um sacar que o outro era seu grande amigão da vida inteira. Combateram o dia inteiro, até ambos se declararem vencidos! Ao descobrirem que eram eles, ambos insistiram ainda mais em dar a vitória um ao outro. O rei Arthur então achou justo escolher ele mesmo, e viu mais justiça em prevalecer a herança entre as irmãs, defendendo o direito da irmã mais nova; e pedindo que haja amor entre elas como irmãs.
Ivain e Gawain foram curados, mas Ivain partiu prontamente, sem nada dizer. Foi até a fonte e a pedra, e decidiu fazer chover; tanto fez que a dona do castelo temeu, e percebeu que precisava de um defensor. A Lunete (que de burra não tem nada) disse para procurar o cavaleiro do leão, e que o ajudasse a obter o perdão da sua senhora...
Lunete busca Ivain e seu leão, e os leva até Claudine, sua senhora. Claudine diz que fará tudo para que um homem justo e valente como ele receba o perdão da sua senhora, e eis quando Lunete revela que esse poder já estava na sua mão; assim Ivain se revela a Claudine.
Ivain conta da sua loucura, e de como procurou seu perdão; assim Claudine, olhando novamente para o cavaleiro, decide perdoá-lo. E Ivain finamente encontra a paz, do lado de Claudine e do seu leão.
Fim! Ufa!
Só queria trazer para vocês um pensamento: Ivain é de fato o clássico cavaleiro errante. Reparem a quantidade de aventuras diferentes que passou, quase sem apear do cavalo. Ele ia onde a aventura o procura-se, sempre buscando prestar serviços como cavaleiro, enfrentando o que tivesse que enfrentar. Gostei também do cruzamento de histórias com o conto da charrete, achei bem sacado; afinal Gawain, sobrinho de Arthur, nunca teria razões para rejeitar um combate. Era um dos cavaleiros de maior renome!
Na última cena que comentei, Ivain curou-se da loucura por um unguento mágico da Morgana, e acompanhou a jovem que o fez sarar. Ele chegaram no castelo onde esta moça servia, e a senhora do castelo estava necessitada de ajuda, pra variar. Um conde ficava saqueando as terras dela, e por isso Ivain ficou por lá até sarar, e quando sarou pegou o conde de jeito, até ele se render, com a promessa de reconstruir tudo o que destruiu e plantar tudo o que arrasou. A dama desse castelo queria Ivain por marido, mas ele de novo caiu fora, dizendo que não podia mais ficar (sabe tipo trem das onze? então..).
Eis que vaza, e vai perambulando pensativo pela floresta, até que escuta um grito, um choro, um lamento. Foi assim que encontrou um leão brigando com uma serpente. Ele pensou, "Qual criatura eu devo ajudar?", e achou o leão mais nobre animal que a serpente, sempre tida por traiçoeira desde os tempos bíblicos. Ele ataca a serpente, mas ela cuspe fogo! Ele se defende, e mata a tal, mas a cabeça fica presa, mordendo o rabo do leão. Ele então corta com a espada o rabo, apenas o mínimo que pudesse para soltar a cabeça da serpente.
Ivain esperava que imediatamente o leão o atacasse, e preparou seu escudo. Mas o leão simplesmente olho para ele, ficou de frente, e sentou, como todos os gatos sentam: como a esfinge. Relaxado, calmo. O leão abaixou a cabeça, e mostrava gratidão pelo ocorrido; Ivain entendeu, e fez uns cafunés no gatão. A partir desse momento viraram companheiros inseparáveis, e onde Ivain ia o leão o seguia.
O leão caçava animais para Ivain, que cozinhava e deixava o resto para o seu novo bicho de estimação. Ficaram no bosque uma quinzena levando essa vida, até por acaso dar de frente com a fonte,a bacia, a pedra e a capela onde começou o conto. Desmaiou no instante, e ao cair a espada soltou da bainha e o cortou. O leão, ao ver o que aconteceu, tentou reanimá-lo, mas finalmente o carregou próximo de uma árvore, e o deixou sentado. Quando acordou, percebeu que o leão salvou sua vida, mas se lamentou por ter falhado na sua promessa de voltar em um ano. Enquanto choramingava, escutou uma moça chorando na capela; depois de conversarem um pouco, percebeu que era Lunete, quem o tinha ajudado em primeiro lugar.
Ela foi acusada de prejudicar sua senhora, e foi condenada a morrer queimada. Estava aguardando sua pena, que seria no dia seguinte. Ivain disse que a defenderia perante aqueles que lhe acusavam, mas perguntou porque nenhum cavaleiro se ofereceu antes; ela disse que procurou na corte pelo Gawain, mas ninguém o encontrava. Ele tinha partido para buscar Guinevere, que foi levada aparentemente por culpa do Kay. Olha só o crossover com a história da charrete!
Ivain prometeu que estaria no castelo para defendê-la, e partiu com seu leão. Achou perto um castelo, onde foi se refugiar pela noite; descobriu todo mundo triste, e soube que um gigante ameaçava o castelo, e tinha aprisionado os filhos do dono do castelo. O gigante queria a filha do castelão, não para ele, mas para vendê-la; em troca devolveria os filhos vivos. A filha do castelão era prima de Gawain, mas ninguém o encontrou na corte de Arthur para defendê-la.
Ivain disse que podia ficar e resolver a questão, mas precisava defender a Lunete e portanto não podia demorar. Eis que passou a noite, estava indo embora enquanto todo mundo pedia para ele ficar, mas deu de cara com o gigante enquanto saía. O nome do gigante era Harpin, e trouxe os filhos do castelão, todos maltratados e estropiados. Depois da típica briga verbal partiram para as vias de fato, e Ivain e Harpin se pegaram. O leão não se aguentou quieto, e foi ajudar, até derrotarem o gigante.
Ivain somente virou o cavalo, e disse para levarem a notícia até a corte do rei Arthur, dizendo que o cavaleiro do leão tinha feito isso. Assim nasce a lenda do cavaleiro do leão, já que não revelou para ninguém em momento algum que era Ivain.
Chegou ao galope para defender o nome de Lunete, ela já quase na fogueira. Minutos depois estava brigando com o senescal e seus dois lacaios que acusaram Lunete de traição; a briga foi muito desigual até o leão se meter no meio. O leão matou um dos lacaios, e ficaram dois contra dois. Finalmente venceram Ivain e seu leão, mas ficaram na enfermaria um tempo. A senhora do castelo pediu para ficarem (sem saber que era Ivain), mas ele disse que somente poderia ficar o dia que sua dama o perdoasse de coração, e partiu novamente, carregando seu leão ainda ferido, usando o escudo como maca. Chegou em uma casa onde foi bem recebido, e as duas filhas do homem, hábeis em medicina, cuidaram dele e do seu leão até sarar.
Nesse meio tempo, um tal e senhor do Espinho-Negro morreu, deixando duas filhas. A mais velha fez de conta que o pai tinha deixado tudo aos cuidados dela, enquanto a mais nova exigia sua metade na herança. A briga foi tal que a mais nova foi até Camelot para pedir por um cavaleiro para defender seu nome. Ela encontrou Gawain, que já tinha voltado assim como Guinevere do sequestro de Meleagrant, mas Gawain já tinha prometido à irmã mais velha que a defenderia. A mais nova pensou, "estou fod..", mas enquanto pensava chegaram noticias de um tal de cavaleiro do leão, que matara um gigante e defendera uma moça em Broceliande. A irmã mais nova pediu ao rei Arthur por justiça, e que desse tempo para ela procurar por um cavaleiro idôneo para enfrentar Gawain; assim o rei deu 14 dias para ela.
A jovem partiu e procurou por muitas terras pelo cavaleiro do leão, até ficar doente de tão desolada por não encontrá-lo. Se hospedou em uma casa onde outra jovem disse que a ajudaria, e a outra jovem partiu para buscar o tal do cavaleiro do leão, até encontrar a casa onde esteve sarando, e ouvir maravilhas dele. Partiu novamente no sentido que ele tinha partido, até felizmente encontrá-lo e contar a história das irmãs.
Ivain, seu leão e a jovem empreenderam o caminho para Camelot, até passar perto de um castelo, chamado de Castelo do Mal Descanso. Enquanto passavam, as pessoas do castelo o mandavam ir embora, falando "Eres mal-vindo! Eres mal-vindo"; ele claro que não se aguentou e foi ver qual era o lance.
Bom, o castelo estava cheio de moças, todas enfraquecidas de trabalhar constantemente sem descanso; elas contaram que nesse castelo tinha dois filhos do capeta (mesmo). O rei das donzelas passou pelo castelo, e foi derrotado, desde então, pagava enviando trinta jovens todos os anos para o castelo, até os filhos do maligno morrerem. Ivain então decidiu enfrentar os dois, e mais uma vez quando estava para ser derrotado o leão o ajudou e acabaram com os malignos.
A questão é que o castelo era antes disso de um homem já velho, que ainda estava no castelo, e depois de Ivain derrotar os capetas o homem insistiu em dar a sua filha para Ivain como mulher, para que o castelo seja dele. Ele não aceitou, e ordenou libertar todas as moças. Assim elas sairam, e ele junto com a jovem partiram para Camelot, chegando exatamente no dia que vencia o prazo da irmão mais nova.
Ivain e Gawain se enfrentam totalmente armados, sem se dirigir a palavra e sem um sacar que o outro era seu grande amigão da vida inteira. Combateram o dia inteiro, até ambos se declararem vencidos! Ao descobrirem que eram eles, ambos insistiram ainda mais em dar a vitória um ao outro. O rei Arthur então achou justo escolher ele mesmo, e viu mais justiça em prevalecer a herança entre as irmãs, defendendo o direito da irmã mais nova; e pedindo que haja amor entre elas como irmãs.
Ivain e Gawain foram curados, mas Ivain partiu prontamente, sem nada dizer. Foi até a fonte e a pedra, e decidiu fazer chover; tanto fez que a dona do castelo temeu, e percebeu que precisava de um defensor. A Lunete (que de burra não tem nada) disse para procurar o cavaleiro do leão, e que o ajudasse a obter o perdão da sua senhora...
Lunete busca Ivain e seu leão, e os leva até Claudine, sua senhora. Claudine diz que fará tudo para que um homem justo e valente como ele receba o perdão da sua senhora, e eis quando Lunete revela que esse poder já estava na sua mão; assim Ivain se revela a Claudine.
Ivain conta da sua loucura, e de como procurou seu perdão; assim Claudine, olhando novamente para o cavaleiro, decide perdoá-lo. E Ivain finamente encontra a paz, do lado de Claudine e do seu leão.
Fim! Ufa!
Só queria trazer para vocês um pensamento: Ivain é de fato o clássico cavaleiro errante. Reparem a quantidade de aventuras diferentes que passou, quase sem apear do cavalo. Ele ia onde a aventura o procura-se, sempre buscando prestar serviços como cavaleiro, enfrentando o que tivesse que enfrentar. Gostei também do cruzamento de histórias com o conto da charrete, achei bem sacado; afinal Gawain, sobrinho de Arthur, nunca teria razões para rejeitar um combate. Era um dos cavaleiros de maior renome!
E vocês, gostaram do conto?
Até a semana que vem!