Faz um tempo que não escrevo nenhum post pessoal, daqueles onde conto um pouco o que venho fazendo. Por estarmos em clima de feriado, decidi escrever um post mais pessoal. Temos tempo para falar das lendas, elas não vão sumir de uma semana para a outra, né?
Não é nenhuma novidade hoje, mas caso alguém não saiba ainda, venho fazendo aulas de bateria desde fins de fevereiro deste ano. Essas aulas tem servido muito para melhorar minha coordenação, meus reflexos, minha memória, mas principalmente o meu humor. Procuro ser sempre uma pessoa tranquila, viver sem passar estresse aos outros, e sem dúvida a bateria tem se mostrado um hobby fantástico para tirar a cabeça do dia-a-dia.
Todo mundo tem obrigações, e tenho me policiado muito para que essas obrigações não tirem de mim o que chamo de tempo livre. Meu tempo livre nunca está livre de fato; sempre tenho outras coisas para fazer. Mas, em geral, procuro que esse tempo rinda o bastante, e faço um resumo mental do que fiz nesse tempo livre para não ficar com a sensação de não ter feito nada. Pessoalmente, acho triste quando alguém diz que não fez nada no final de semana; prefiro respostas como "tirei o atraso dos seriados e dvds que tinha para assistir", ou "comecei a ler o livro que ganhei faz uns 3 anos", ou mesmo "meti a cara na cozinha e arrisquei uma receita nova que encontrei na internet". Tudo isso cai para muitas pessoas na categoria do "não fiz nada", mas no fundo não percebem quanto fizeram. E perdi o foco do que ia contar, vamos voltar.
Beleza, falei da bateria, e com isso posso contar que nesta semana me juntei a uns colegas de trabalho que tem uma banda para um ensaio. Ficamos 3 horas tirando som, fazendo bastante barulho e curtindo a companhia. É claro que musicalmente estou apenas começando, e tenho um longo caminho até chegar no nível que meus colegas estão hoje, mas mesmo que seja devagar eu chego lá. Sou bem persistente com as coisas que gosto, e sem dúvida a bateria só tem me trazido coisa boa.
Tenho um hobby bem mais antigo que a bateria: videogames. Tive minha fase de jogar no PC, depois no xbox (o primeiro) e mais recentemente num xbox360, mas sempre fui um jogador de PC. A principal diferença entre um e outros está nos jogos; os consoles são ótimos para alguns jogos, enquanto outros somente tem nicho nos PCs.
Acontece que meu computador ficou velho demais para os jogos atuais, então decidi tirar a mão do bolso e investir em novo hardware. Sou muito criterioso com meu dinheiro, particularmente com valores altos, e por isso passei um bom tempo estudando antes de montar a máquina. É, quem gosta de jogos pra valer normalmente monta seu próprio computador, garimpando cada peça até juntar o melhor que puder pela grana que pode gastar. Minha máquina (ou "rig", como chamam lá fora) ficou assim:
Processador: Intel i7 870 Quad-Core (2,93 MHz), Socket 1156
Placa Mãe: Intel Extreme Series DP55KG
Memória: 8GB (2x 4096MB Corsair 1333 XMS3 CL9)
Vídeo: Zotac GeForce 470 GTX 1280MB
HD: 2x Seagate 500GB (Stripe/Raid0), 1x 1000GB Samsung EcoGreen
Blu-Ray/DVD LG CH08NS
Fonte Corsair 650W PFC Ativo
É, eu sei, para quem não manja sobre o assunto é um monte de siglas e nomes sem sentido, mas para quem conhece tem muita coisa interessante. Se acertei nos meus palpites, não vou precisar gastar de novo por um bom tempo.
Ficar apenas falando (ou escrevendo neste caso) fica meio chato, assim que vou compartilhar com vocês o processo todo. É, cada vez que me meto nessa de trocar as entranhas do computador, registro tudo!
Antes de começar, fiz uns estudos de performance dos discos que tinha na máquina, para decidir como iria configurar na nova. Usei um programa bem conhecido, o HD Tune, que gera uns gráficos bem claros para comparar um disco com outro. Se alguém tiver interesse nesses dados, me avise que mando!
OK, é de conhecimento público que em casa tem gatos. E gatos são curiosos. Assim, montar o PC foi um desafio, por questões óbvias. Aqui o comitê decisor avaliou as características técnicas da fonte.
A fonte veio com um excelente acabamento, apropriado para a faixa de preço. Ainda assim, gosto mais do acabamento da minha fonte anterior, que permite retirar os cabos que não estão em uso; nesta fonte da Corsair, a solução é amarrar os cabos para que não atrapalhem o fluxo de ar do gabinete. Para minha surpresa, uma sacolinha preta de tecido com o logo da Corsair veio como brinde, encapando a fonte.
Aqui, as comprinhas. Sabem identificar tudo? Parte comprei fora, parte aqui, e algumas coisas já tinha. Decidi reaproveitar o gabinete, que é muito bem ventilado e está em bom estado ainda, e também os discos. Para aumentar a capacidade, comprei um HD extra de 1 Terabyte, que uso principalmente como backup dos dois existentes de 500 GB. Fiz essa configuração porque os dois discos antigos, quando combinados como um disco só, funcionam em média um 20% mais rápido que o disco novo.
Agora, a faxina no gabinete. Começamos neste estado:
Agradeço essa nojeira ao nossos patrocinadores: cidade de São Paulo e pêlos naturais de gatos. Depois de algumas crises de espirro, chegamos ao ponto onde a fonte e a placa mãe e o leitor de Blu-ray estão nas suas posições definitivas, junto com as novas ventoinhas.
Agora, um momento tenso: colocar o processador no local dele. Encaixar no slot foi fácil. O dificil foi fechar a tampinha...
Aqui, o processador o cooler instalados. Agora só falta mais um par de coisas, e estamos prontos para ligar tudo.
Finalmente, a máquina montada. Ligar a máquina pela primeira vez é sempre um momento tenso; rola uma dúvida na hora se todos os cabos estão conectados, se ficou algum fio desencapado que vai dar curto e queimar tudo, se todas as coisas que você comprou são de fato compatíveis entre si e vão se dar bem, sem brigas...
Tudo (ou quase tudo) deu certo na primeira tentativa, e com isso a caveira desenhada na placa mãe (coisa exclusiva das placas da série Extreme da Intel) ligou e piscou seus olhos. Halloween on demand.
Na foto acima dá para ver como o acabamento da placa de vídeo (em preto) é espelhado, e reflete o resto da placa. Estou pensando em uma reforma mais séria, como abrir uma janela na lateral da máquina só para ver o interior da máquina, porque ficou tudo muito organizado, muito clean. Tem poucos cabos à vista, apenas os necessários, e ainda assim os cabos que aparecem são coloridos, o que enfeita ainda mais o visual.
Nesta última foto vemos tudo já conectado. Enfim, tudo isso para dizer duas coisas:
- Estou de máquina nova
- Não vai ter post hoje, pelo menos não no sentido clássico.
Faltam uns pequenos detalhes por arrumar, mas nada que impeça a máquina de funcionar. Quero reduzir um pouco o barulho das ventoinhas (é só colocar um feltro nas ventoinhas), e checar os cabos dos botões da frente (power, reset, led do HD, etc.).
Estou bem contente com a máquina nova; tudo o que testei até agora funcionou muito melhor do que podia esperar. Testei alguns jogos e e vídeos, e me admirei com a imagem dos Blu-rays. É realmente incrível, mesmo com filmes mais antigos. Sobre os jogos, é muito legal poder ver o que os desenvolvedores pretendiam mostrar. Poder colocar todos os detalhes no máximo e se encantar com a beleza das imagens é uma coisa mágica.
Bom, o próximo post vai ser arturiano... o de hoje termina por aqui.
Até o próximo post!