Acontece que tinha um cartão de crédito juntando mofo em casa, e decidi testar se funcionava. Qual o jeito mais rápido de saber que funciona sem sair de casa? Compre qualquer coisa na internet. A grande vantagem é saber na lata se a operadora do cartão autoriza ou não, e ainda tudo isso desde o conforto da sua cadeira.
Foi assim que comprei um livro que vi por acaso na Livraria Cultura (embora comprei na Submarino, por questão de preço). O livro tem o nada misterioso nome de Rei Arthur, e é da autoria de Frank Thompson. Quem quiser fuçar sobre o autor, ele escreveu uns trinta livros sobre um mesmo assunto, que nada tem a ver com lendas arturianas. Enfim, voltando ao livro que comprei, este romance é baseado / inspirado no roteiro para cinema de David Franzoni, autor do filme homónimo de 2004, que comentei brevemente aqui. Este é um caso raro onde um filme inspira um livro; até onde sei o filme não foi inspirado por livro nenhum mas apenas pelas descobertas recentes sobre o Arthur romano. Se me perguntam, adoraria ver um filme inspirado nos textos do Bernard Cornwell; o Rei do Inverno daria um filmão, ou mesmo uma minisérie àla HBO.
O livro é pequeno, parece curto por causa da tipografia grande (comum nestes dias), mas não fiz tempo de ler mais do que umas 20 páginas apenas para me ambientar. Por enquanto gostei; não é um Cornwell, mas gostei. O livro começa contando um resumo (COM ERROS, BURRO!) da linha básica da lenda arturiana medieval, e menciona que as descobertas recentes indicam a existência de um líder romano, o Ambrosius Aurelianos, que seria a fonte de inspiração desta lenda na Bretanha. Este líder romano foi capaz de repelir a invasão saxã a ilha da Bretanha, com a ajuda dos cavaleiros sármatas ao serviço do império romano, que para essa época ja tinha abandonado a ilha à sua própria sorte. Foi o esforço dos deixados para trás que segurou a onda durante a invasão, e que a manteve fora da Bretanha imortalizando a grande batalha de Monte Baddon.
A ficção do livro corre sobre esse trilho, onde nos conta no começo as histórias de Lancelot, Guinevere e Arthur ainda crianças em capítulos curtos e separados pelo nome de cada um. O livro acrescenta elementos ao filme, portanto é um bom apoio para quem já viu o filme, e ao mesmo tempo é uma leitura interessante para quem não viu.
A ficção do livro corre sobre esse trilho, onde nos conta no começo as histórias de Lancelot, Guinevere e Arthur ainda crianças em capítulos curtos e separados pelo nome de cada um. O livro acrescenta elementos ao filme, portanto é um bom apoio para quem já viu o filme, e ao mesmo tempo é uma leitura interessante para quem não viu.
Para quem quiser se empolgar ainda mais, vai o teaser da contracapa do livro:
Arthur fincou o mastro onde se agitava o enorme dragão sármata no chão e virou seu cavalo para encarar os cinco homens. "Cavaleiros", ele disse, "ao longo de nossas vidas, perambulamos pelo mundo. Missões, expedições, batalhas, cruzadas. O nosso dever nos compele a prosseguir. Mas para onde vamos? Estamos eternamente em busca do lar, mas nunca o encontraremos. O lar é para os outros, não para nós. Porque, quando os grandes deuses criaram os cavaleiros, eles decretaram que a morte seria nosso fardo. As nossas vidas nada mais são que o orvalho que evapora ao sol da manhã! Agora o estandarte de batalha de quatro metros ganhou vida, voando com o corpo longo e tubular cheio de ar, a cauda serpenteando ao vento. A cabeça do dragão, decorada com escamas reptilianas azuis e laranja, cintilava ao sol. E, o melhor de tudo, o dragão começou a emitir seu horrendo som, assobiando e gemendo como um verdadeiro monstro vindo do inferno.
Quando terminar de ler volto para contar como foi. Até!
Um comentário:
Mais livros... E eu ainda tenho uns quarenta e todos livros pra ler, sendo uns 80% do Cornwell, hehe... Legal que o cara conseguiu escrever um livro interessante sobre o assunto, prova que não tem como saturar assunto algum...
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